23/09/2009

Saudade


Saudade

Partiu, nem palavras de adeus,
nem beijo ou despedida, se foi.
Triste abandono! Ausência que
choro silenciosa, peito abafado.

Se foi simplesmente. Calada partiu
sem se importar com quem ficava,
dormia um sono pesado pois não
consegui lhe acordar. Sentia sono?

Uma sonolência profunda de eterna paz.
Olhando-a senti um carinho profundo
e a dor lancinante do peito apertava,
fisgada no estômago, enjoava. Nunca mais,

o pensamento dava voltas, nunca mais
a verei, lágrimas caiam pela face engasgada,
engasturada pela solidão de amor, muda
nada podia dizer. Lamento de dor!

Tudo acabado dentro de pouco tempo, nem
sorriso, nem a voz, nem os passos, nada,
nunca mais! Nada mais restaria a não serem
fotos, roupas, objetos, vazio... e uma saudade!

Marta Peres
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