22/09/2009
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Divagando
Emoção construída dentro de mim naufraga,
de brincar com palavras prendi-me num ramalhete
precioso. Amiga, onde anda você? Indago-me sem
proveito: o que foi feito de mim? Onde me procurar?
Ando em busca da paz! Já rodei meio mundo
em pensamento, virei o meu avesso, ordenei tambores
na noite do sol vermelho, tropas andam pelas ruas,
chorei sua ausência e palavra que consola.
Versos saíram do coração, não mataram a fome
e o peito ainda arde de inanição.Bebo palavras
como doente e não me curo. Ando pelo escuro
da alma, segui preceitos, aceitei conceitos,
tentei conquistas e meu coração está cheio
de incertezas, belezas da vida se tornaram tristes,
sem graça, preciso do apoio.
Na calada da noite choro olhando estrelas,
solidão é forte mas vejo no fundo d’alma
a paz desejada, me calo ante os horrores do mundo,
agradeço a Deus pela dom da vida!
Marta Peres
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