22/09/2009

A Magia das Águas


A Magia das Águas

Preguiçosamente à beira do rio
meus olhos admiram as águas, descem cantarolando,
sorrindo, acordadas depois de um sono reparador,
forças restauradas movimentam-se ágeis, felicidade
estampada nos olhos, sorriso nos lábios, coração
cheio de amor. Já não dormem, o sol vai alto,
no brejão, nos olhos d’água, nas grotas fundas, açudes,
lagos e rios, ficam acordadas olhando as nuvens,
namorando o sol. As águas da cachoeira já não choram
de tristeza nem ficam sonolentas, discretamente mostram
exuberância, beleza de um véu de noiva. Folhagens
tagarelas trocam receitas, fazem confidências.
Há uma hora certa limpo meus olhos do líquido que corre,
lágrimas não têm horas, não conseguem dormir deixando
a boca molhada ao penetrarem no cerrado dos dentes.

Marta Peres
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