23/09/2009

Embarcação


Embarcação

Nesta noite o mar estava calmo,
do convés sentia sua solidão olhando
o flutuar da lua por sobre as águas,
extravagante e bela, terna mostrava-se
sentindo alvo das atenções. Suspirava
de amor entoando melodia nas cordas
de sua lira. E eu implorava, mendigava
um pouco de amor, rogava aos seus pés
gemendo de dor. E você não me ouvia!
A dança das águas cadenciava embarcação,
a lua flutuando no meio do mar já não cabia
em si de contentamento, sentia-me enjoada
por pedir a esmola do seu beijo. Minha alma
em retalhos chorava o desejo dos seus braços
num abraço quente, um olhar doce, ardente...

Marta Peres
Categories:

0 comentários: