27/07/2007

SAUDADES

Já não vou mais visitar-te o jazigo,
Lá me acho triste...sem chão
Quando contemplo a cruz, antiga sentinela
Erguida ao lado de uma goiabeira
Que ali nasceu.
Prefiro não ir,
Busco a memória e vejo-te comigo
Sorriso meigo, calmo, amigo,
Eras tão bela!

Vejo-te em sonhos

Sob o verde de aquarela

E teu sorrio me cala o coração,

Estás linda nesta minha visão!

Recordo do dia que tu partiste!

Já sabias que a hora chegava

E querias teus amados do lado

Nem todos vistes em vida!

Mas mesmo assim Mãe, tu fostes

Pois era vencido o tempo,

Hoje nas Moradas Celestes tu vives

A espera dos teus amores.

Venho falar-te, em prece enternecida

Do amor imenso que a ti tenho,

Não me deste a vida, ensinaste-me a vivê-la

E caminhar só, por mim mesma.

Sinto a sua falta!

Sinto saudades Mãe, dos teus carinhos

E de tuas mãos no meu rosto

Do afago suave e sincero de Mãe.

Marta Peres

0 comentários: