28/01/2008

Tempestade







Tempestade


Tempestade caíndo sobre minha cabeça dolorida

Duvidas e queixas, caminho que sigo a passo hesitante.

Realidade doída, afronta que feriu e sangrou, virou ferida

Coração em trapos, sentindo dores, machucado o bastante.


Sou um corpo frio em busca de amor, voz sussurrante, olhar aflito

Perdi tudo o que tive um dia, lar desmoronado, família desmantelada

Cedi a cobranças vãs, ando a sofrer, minha voz reprime o grito

Não sei mais sorrir e sou triste, vivo vida amargurada.


Nada sinto, nada tenho e nada espero, esperanças dormem, há mágoa

E me embrenho neste mar de loucura e sofrer, mar bravio, não vejo saída

Nem consigo desbravar as ondas, sentimento cruel, temo esta água.


Minhas forças se calam, posso sucumbir, a verdade se escondeu

E não consigo mostrar os fatos, lágrimas caem dos meus olhos cansados,

Nada mais posso e meu barco a deriva continua, luta constante, perdida.


Marta Peres

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