Tempestade
Tempestade caíndo sobre minha cabeça dolorida
Duvidas e queixas, caminho que sigo a passo hesitante.
Realidade doída, afronta que feriu e sangrou, virou ferida
Coração em trapos, sentindo dores, machucado o bastante.
Sou um corpo frio em busca de amor, voz sussurrante, olhar aflito
Perdi tudo o que tive um dia, lar desmoronado, família desmantelada
Cedi a cobranças vãs, ando a sofrer, minha voz reprime o grito
Não sei mais sorrir e sou triste, vivo vida amargurada.
Nada sinto, nada tenho e nada espero, esperanças dormem, há mágoa
E me embrenho neste mar de loucura e sofrer, mar bravio, não vejo saída
Nem consigo desbravar as ondas, sentimento cruel, temo esta água.
Minhas forças se calam, posso sucumbir, a verdade se escondeu
E não consigo mostrar os fatos, lágrimas caem dos meus olhos cansados,
Nada mais posso e meu barco a deriva continua, luta constante, perdida.
Marta Peres
0 comentários:
Postar um comentário