28/01/2008

Liberdade


Liberdade

Serenamente foi amolecendo os músculos
do corpo, todo organismo foi parando calmo
e lento, nenhum suspiro se ouviu, apenas
seu organismo obedecia às ordens de comando...
Já não havia o peso do passado, tudo havia
se cumprido conforme o determinado, escolhido
antes da última vinda naquele corpo cuja doença
ceifa aos poucos...
Foram tantos anos de vida!
Vida dedicada ao amor, compreensão, carinho,
jamais vida parada...
Finalmente aquela alma sentiria a liberdade,
iria voar livre pelos ares, pelos céus, pela imensidão
encontraria velha habitação, cheia de paz e saúde.
Decidida retira-se daquela carne sofrida, machucada
pela dor que o corpo mitigara anos a fio, e o semblante
torna-se leve, puro, de uma calma inexplicável à
inteligência humana, e ela dorme, plácida dentro
do caixão!

Marta Peres

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