15/06/2008

“Sem rumo”


“Sem rumo”

Meu corpo cansado já não agüenta, quer parar
recusa-se continuar, não consegue enfentar a vida,
feridas se abriram nos pés, caminho feito de pedras
machuca ao pisar, nas quedas, não encontro saída

Completamente só, choro, sinto falta de alguém
que enxugue minhas lágrimas, grito, ninguém
me escuta nem me entende, sigo a cambalear,
Dores no corpo, na alma que está a naufragar

respiração ofegante, mundo em desencontro,
perdi o rumo, minha alma amargurada se vê
incompreendida, dentro do mundo não encontro
meu lugar, tudo é amargura, minha boca sente

o amargor da derrota, tédio de tudo, por tudo,
olho a minha volta, pessoas caminham sorrindo,
sorriso sarcástico nas bocas das máquinas, seguem
neste mundo onde a perversidade vive fluindo...


Marta Peres

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